sábado, 30 de julho de 2011

Shining Force II


Um velhinho RPG para a Mega Drive, que eu só joguei anos depois de sair e num emulador (nunca tive uma consola de jogos). Apesar da história ser a standard neste tipo de jogos (com uma ou outra pequena variação) e ter personagens bastante vulgares (já para não falar na tradução para inglês, que não era propriamente a ideal) tinha um ambiente e uma mecânica de jogo interessantíssima. A ideia de promover os soldados quando chegam a um certo nível (algo semelhante à ideia de evoluir dos jogos de pokémon) impelia-nos a continuar a jogar nos momentos em que a história não o conseguia fazer. Outra ideia interessante era a da base da shining force que aparece a partir de certo tempo de jogo, que por alguma razão me entusiasmava imenso.

Se nunca jogaram o jogo e precisam de matar algumas horas nestas férias, saquem um emulador e este jogo. Ou, melhor ainda, comprem uma Mega Drive Portable e levem o jogo para a praia ;)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Convidado de Drácula e Outras Histórias


Ano passado, lembrei-me de reler outro clássico da minha juventude: Drácula. Por coincidência, encontrei o livro mostrado em cima, que, para além do romance clássico de Bram Stoker, trazia também vários contos da sua autoria (incluindo quatro nunca antes publicados).
A história que dá nome a esta antologia "extra", "Dracula's Guest" é uma história interessante, com o mesmo estilo e espírito do romance original. Dizem que que foi um capítulo cortado do início de "Dracula", mas se isso é verdade, teria sido de uma versão mais antiga do romance, pois não se liga a este de forma muito óbvia. Também não é o meu conto favorito do conjunto.
Apreciei muito mais, por exemplo, a história de fantasmas "Judge's House", tradicional e interessante, ou a tragédia "The Coming of Abel Behenna", com um final capaz de chocar qualquer pessoa, ou o curioso "A Dream of Red Hands", com uma resolução muito bem pensada. Os restantes não serão merecedores de destaque, mas o único que me pareceu realmente fraco foi o "Chain of Destiny".


Se virem este livro na fnac, não deixem de o comprar. Por menos de 5€, é quase obrigatório.

sábado, 23 de julho de 2011

Doctor Who - Blink (2007)


Apesar de ser um episódio "Doctor Light", este é um dos melhores de sempre. Escrito pelo "The Moff" (Steven Moffat, actual escritor principal da série e um dos melhores autores para tv da actualidade) venceu um prémio Hugo, e com razão. É um dos mais assustadores episódios da série (senão o mais assustador) e também um dos mais bem escritos e pensados. Os "inimigos da semana" são uns dos mais interessantes que já vi em tv, o que é um grande elogio já que, ao fim de contas, são estátuas (que se movem quando não são observadas e "matam" os adversários mandando-os para o passado e deixando a passagem do tempo fazer o trabalho sujo). Mas sem dúvida que o ponto mais forte é o desenvolvimento da história, a forma como vamos recebendo as pistas, como coisas que à primeira vista não fazem sentido vão sendo explicadas e como, no fim, tudo se junta para nos entregar um final mais que satisfatório.

Recomendo fortemente que vejam este episódio, sejam fãs da série ou não, se bem que ficam avisados que não está livre da "campiness"  típica de Doctor Who (que nem todos estão preparados para aceitar). Ao fim e ao cabo, mesmo no seu melhor, Doctor Who não é Battlestar Galactica (se é isso é bom, mau ou indiferente deixo que cada um decida).

quarta-feira, 20 de julho de 2011

The Cold Hand of Betrayal (antologia)


Este foi o primeiro livro que comprei da Black Library (editora que apenas publica tie-ins dos universos da Games Workshop) e cativou-me de tal forma que acabei por comprar vários outros livros desta editora. Sendo fã do jogo de miniaturas há mais de uma década, eu já conhecia o universo de Warhammer, mas a antologia deu-me uma visão do mundo e das personagens que nele habitam que os livros de exército nunca conseguiriam captar. Por outro lado, este é o primeiro da editora sobre o qual escrevo aqui porque penso que também será uma excelente introdução para os não iniciados começarem a sua leitura. Em particular, o conto "Small Mercy" consegue capturar em poucas páginas o espírito de todo este mundo, e recomendo que seja a vossa primeira leitura. Além deste, destaco também os contos "Son of the Empire", que tem uma "twist" interessantíssima a meio, e o "Kinstrife", que ilustra aquilo do que as pessoas são capazes quando lhes matam alguém próximo.
Outra característica interessante desta antologia é que nenhum conto acaba propriamente bem. Com ou sem twists, todos os protagonistas acabam pior do que começaram.

Não se deixem levar pelos preconceitos habituais contra livros tie-in de jogos e procurem este. Garanto-vos que não será o último da Black Library que comprarão.

sábado, 16 de julho de 2011

O Santo (1962-1969)


Juntamente com a "The Avengers" esta é uma das séries britânicas mais conhecidas no nosso país. E por uma boa razão.
Obviamente, não vi a série quando foi cá transmitida originalmente, pois ainda não tinha nascido. Só a apanhei na década passada, em reposições na RTP Memória. Mas vale bem a pena ver. Na minha opinião, Roger Moore está melhor nesta série que em qualquer um dos filmes do James Bond (e não só) em que eu o vi. Quase parece ter nascido para desempenhar o papel do Simon Templar (a personagem principal). No geral, as histórias são interessantes e o preto e branco amplia o charme de toda a série (nas primeiras épocas, pelo menos. A série passou a ser filmada a cores a partir da 5ª época). Outro elemento notável é o aspecto estilizado de toda a série, devido ao facto de ter sido filmada quase exclusivamente em estúdio. Um episódio passado na Escócia é especialmente memorável devido a isto.

Se tiverem a oportunidade, recomendo que vejam O Santo. Ultrapassem os preconceitos que existem actualmente sobre séries antigas a preto e branco. Vão ver que não se arrependem.


segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Mundo Perdido


Um clássico da literatura fantástica, "O Mundo Perdido" é a primeira história do prof. Challenger. Apesar de não ser tão famoso como uma certa outra personagem do mesmo autor, diz-se que Conan Doyle gostava mais do irascível professor era o seu favorito. Não é complicado perceber porquê. Já quando era miúdo e li este livro pela primeira vez a caracterização da personagem me atraiu bastante, em especial as constantes discussões com o professor Summerlee.
A história em si está cheia de descrições excelentes (as descrições do que os quatro aventureiros vêem durante a viagem pela selva amazónica é particularmente interessante) e locais fenomenais (locais como pântano dos peterodáctilos ficarão para sempre na minha memória) e termina num twist que, embora não seja totalmente inesperado, foge um pouco ao tradicional final feliz.
O livro está recheado de pequenos factos científicos, apesar de, em algumas instâncias, particularmente no que diz respeito à descrição da vida pré-histórica, se encontrarem condicionados pelos conhecimentos da época. Isto, por outro lado, dá-nos hoje uma interessante visão de como a Ciência e os homens viam o mundo há cem anos atrás.

É um livro que gostei de ler em miúdo e gostei ainda mais de reler em adulto. Entretanto, já tenho mais dois livros de Conan Doyle há espera de serem lidos: "The Maracot Deep" (aka "O Mundo Perdido Debaixo do Mar") e "O Dia em que Mundo Gritou" (que inclui os contos "O Dia em que o Mundo Gritou" e " A Máquina de Desintegração" mais a noveleta "Cinturas Venenosas"). Espero que me dêem tanto prazer como este livro.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Zeerust ou o Futuro Antiquado

Aqui ficam algumas imagens que encontrei neste site enquanto procurava inspiração para um conto a submeter à antologia Lisboa Electropunk

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sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dracula (1931)


Baseado numa peça de 1924, este é o clássico dos clássicos no que diz respeito aos filmes do drácula, tendo sido o primeiro autorizado pela viúva de Stoker.
Filmado nos primórdios da era do som, ainda se notam vários tiques do cinema mudo (em especial os gestos e expressões exageradas), mas não é por isso que deixa de merecer ser visto. O ambiente, especialmente nas primeiras duas partes, está muito bem conseguido e o desempenho de Dwight Frye como Renfield consegue convencer-nos da loucura do personagem. Mas é Bella Lugosi quem rouba todo o protagonismo. A sua presença e forma de representar é de tal forma marcante que nos consegue fazer levar a sério o seu sotaque húngaro, mesmo após o termos visto imitado e parodiado inúmeras vezes ao longo dos anos.

Apesar de se afastar bastante do livro de Stoker, merece ser visto por todos os fãs de vampiros e fantástico. Este filme (juntamente com o Nosferatu de 1922) influenciou mais o mito do vampiro como o conhecemos do que o livro em que é baseado (ou, já agora, que o "The Vampyre" de Polidori ou o "Varney the Vampire" de Rymer/Prest).


Uma Curiosidade - Existe uma versão em espanhol deste filme, filmada com outros actores, mas na mesma altura e no mesmo estúdio, que é por vezes considerada superior a esta, já que era filmada durante a noite e a equipa podia ver e corrigir os erros feitos durante o dia, no filme principal.