sábado, 26 de maio de 2012

Conan, o Bárbaro (2011)


Foi com algum receio que comprei o dvd deste filme. Mesmo depois de o comprar, demorei quase dois meses a decidir investir o meu tempo a vê-lo. Felizmente, não dou esse tempo por perdido. Não que seja um bom filme. Mesmo dizer que é razoável parece-me um exagero. Contudo, penso que, em vários aspectos, é exactamente aquilo que devia ser.

Do filme do Conan de 1982 pouco tem. De facto, na minha opinião, o Conan de Jason Momoa está mais próximo do das histórias originais de Robert E. Howard que do Conan de Arnold Schwarzenegger ou daquele que aparece nas inúmeras adaptações para BD. Porém, as semelhanças ficam-se por aí, pois este filme não se baseia em nenhuma das histórias originais. De facto, o argumento não passa de uma história de fantasia genérica em que o protagonista se chama Conan mas se podia chamar qualquer outra coisa sem fazer nenhuma diferença.

Só quando posto lado a lado com as numerosas produções de "Sword and Sorcery" dos anos oitenta é que este filme mostra alguma valor (para aqueles demasiado jovens ou alheados da cena do cinema fantástico da altura, depois do sucesso do Conan o Bárbaro de 1982 surgiram inúmeros imitadores). Dessa perspectiva, temos tudo o que devíamos ter: vilões genéricos, feiticeiros malvados, uma demanda (e por vingança, ainda por cima), objectos mágicos, monstros, cenas de batalha exageradas, impossíveis, estúpidas, ridículas até, mas bastante divertidas de ver. Nem sequer faltam as cenas de nudez gratuita da praxe.
Honestamente, a única coisa que falta é aquele aspecto de produção com baixo orçamento, pois os efeitos especiais são, fora uma ou outra ocasião, competentes e os cenários chegam até a ser memoráveis.

Em resumo, como obra de cinema, este filme falha redondamente. De filme do Conan, pouco tem. Mas, se pensarmos nele como um tributo aos filmes de "Sword and Sorcery" dos anos oitenta, tem os seus méritos e, só por isso, até merece ser visto pelos fãs do género.


sábado, 12 de maio de 2012

O Vampiro


Inicialmente atribuído a Lorde Byron, este é um conto de horror gótico escrito pelo médico pessoal dele, John Polidori. Foi concebido na Suíça nos meses de Verão de 1816 (o famoso Ano Sem Verão), onde Byron, Polidori e os seus convidados, Percy e Mary Shelley e Claire Clairmont, impedidos de sair de casa pelas fortes chuvadas, decidiram escrever histórias de terror para passar o tempo (também foi aqui que Mary Shelley, com a ajuda de Percey, começou a escrever o que se viria a tornar o famoso romance "Frankenstein").

"O Vampiro" de John Polidori, após a sua publicação em 1819, tornou-se a pedra basilar da actual literatura de vampiros, sendo frequentemente considerada a primeira história a conseguir juntar com sucesso os vários mitos de vampirismo num todo coerente. É, também, reconhecida como uma das principais fontes de inspiração de Bram Stoker.

Mesmo deixando de parte a sua importância histórica, é um conto que se lê muito bem. Está bem escrito, pensado e estruturado, e, embora a prosa usual da época fosse bastante diferente da actual, penso que as palavras e frases fluem com naturalidade uma sonoridade cativante. O enredo será, indubitavelmente, previsível para um público actual, mas o mesmo não se poderá dizer do vampiro. Este difere em vários aspectos da criatura apresentada no mito moderno do vampiro (mais influenciada pelos filmes "Nosferatu "(1922) e "Drácula"(1931) do que em qualquer obra literária).

Quer pela sua importância histórica, quer por ser realmente uma boa história, "O Vampiro" merece ser lido. Podem encontrá-lo, em inglês e formato digital, no Projecto Gutenberg.

sábado, 5 de maio de 2012

Mini-conto da minha autoria seleccionado para exposição no IST-Tagus


Como resultado do 4º Concurso de Mini-contos do IST Taguspark, o meu mini-conto intitulado 'Vida Nocturna' foi seleccionado para ser exposto no campus. Podem ver os resultados do concurso aqui (eu participei sob o pseudónimo de Luca Leone).

Entrevista com o editor da Vollüspa


O "The World SF Blog" entrevistou o editor e organizador da Vollüspa, Roberto Mendes. Podem encontrar a entrevista aqui.