domingo, 29 de julho de 2012

Almanaque Bertrand 1927

A semana passada decidi enviar um texto para o Almanaque Steampunk. Para me inspirar, ontem comprei um exemplar do Almanaque Bertrand 1927. Deixo aqui algumas fotos. Talvez inspire outras pessoas que estejam a planear participar.








domingo, 22 de julho de 2012

A Guerra dos Tronos - Época 2 (2012)


Esta é a segunda da época de uma das séries de televisão mais antecipadas de todos os tempos e, no geral, não decepciona. Valores de produção elevadíssimos,  prestações memoráveis, efeitos especiais de fazer arregalar os olhos, escrita competente, cenários belíssimos e um final de época que, não sendo particularmente original, nos deixa ansiosos pela terceira época. A série entusiasma e transporta-nos eficazmente para o mundo de fantasia onde a acção decorre.

Infelizmente, os problemas de adaptação já presentes na primeira época são agora muito mais evidentes.

Por um lado, e especialmente nos primeiros episódios, o ritmo da história é lento ao ponto de se tornar inadmissível numa série de televisão. Não são raros os episódios em que temos mais de uma mão cheia de pontos de vista e em que a história, no geral, avança menos de um milímetro.

Por outro, temos várias personagens que precisavam de mais tempo de ecrã. Como podemos, por exemplo, sentir algum impacto emocional com a morte de Renly Baratheon se, durante toda a série, só o vimos durante pouco mais de vinte minutos? Como podemos simpatizar com a rainha Cersei quando a sua filha é levada para Dorne se só de passagem nos é mostrado que o Joffrey tem irmãos?

Muitos de vocês estarão agora a perguntar-se como é possível resolver ambos os problemas, como se pode explorar mais a fundo as personagens e dar-lhes mais tempo de ecrã e, ao mesmo tempo, melhorar o ritmo da história. Na minha opinião, não é possível, não numa série de televisão, e é esse o cerne da questão. Esta é uma história que funciona incrivelmente bem em livro, mas transportá-la para o ecrã eficazmente e sem falhas é uma tarefa simplesmente impossível.

Não se trata aqui do mero e usual queixume de "o livro é melhor que o filme/série", até porque é uma discussão que abomino. Tento apenas fazer a observação de que certas histórias, e a forma como são contadas, estão indissociavelmente ligadas ao meio em que foram originalmente criadas. Como eu disse na opinião que escrevi sobre a primeira época, esta série revela-nos o valor da literatura e como esta não pode ser substituída, pois por muito boa que "A Guerra dos Tronos" da HBO seja, não consegue rivalizar com os livros de George Martin simplesmente porque a televisão não é o meio mais adequado para contar a história.

Não me interpretem mal. Eu adorei a série (caso contrário não teria perdido tempo a vê-la até ao fim e muito menos a escrever aqui sobre ela) e os dvds da primeira época já vêm a caminho. Também não acho que seja uma má série (se bem que, devido aos problemas descritos acima, fica algo aquém de algumas das outras produções da HBO). Nem sequer sou capaz de dizer que é uma má adaptação. Quanto mais penso no assunto, acho que a melhor adaptação possível (ou perto disso). Mas o melhor possível não é suficiente. A série é uma sombra dos romances e nunca poderia ser mais do que isso.

sábado, 21 de julho de 2012

Conto da minha autoria na antologia Lisboa Electropunk

Já foram anunciados os autores seleccionados para a antologia, e eu encontro-me entre eles. Podem ver o anúncio aqui.

A antologia, cujo título final ainda não é conhecido, será lançada no final de Novembro, no Forum Fantástico.

domingo, 15 de julho de 2012

Fantástico na Rua


Uma rua que encontrei durante um passeio em Caminha. Já imaginaram o que é ter de dar esta morada a alguém?


sábado, 7 de julho de 2012

Os Salteadores


Este é o quarto conto do livro de Lord Dunsany "A Espada de Welleran e Outras Histórias" e um dos meus favoritos deste tomo. Nesta curta história, Dunsany, no seu estilo inconfundível, consegue invocar imagens bastante vividas na mente do leitor, criando um ambiente perfeito para a narrativa. Esta, embora simples, está bem escrita, pensada e estruturada, com várias cenas memoráveis (especialmente a inicial) e entusiasmantes e um final com uma boa dose de ironia. Recomendo vivamente a sua leitura.

Este conto, juntamente com o resto da antologia, pode ser encontrada no Projecto Gutenberg em vários formatos digitais.