sábado, 21 de abril de 2012

Saint Seiya (Os Cavaleiros do Zodíaco) (1986)


Lembro-me de, com seis anos, ir a correr da escola para casa para ver esta série (na altura dobrada em espanhol, pois só passou nos canais portugueses anos depois). Recentemente, deu-me vontade de a rever. Confesso que fiquei chocado só de pensar que a vi com tão tenra idade, mas tal não se deve apenas ao seu conteúdo graficamente violento (as personagens perdem litros de sangue em quase todos os episódios). Eu simplesmente não tinha maturidade suficiente para compreender e seti a história. Apesar de ser uma série claramente pensada para um público adolescente (o que não falta são mensagens de como a amizade e a lealdade são importantes) e de não ter uma história especialmente complexa, esta tem uma boa dose de nuances que escapam a qualquer criança (e, acredito, até mesmo ao seu público alvo), em especial as histórias de algumas das personagens, que, quando não são simplesmente tristes, são de uma violência emocional gritante.

Outro elemento que devo destacar esta série é a banda sonora, que complementa eficazmente o que se passa no ecrã. O Leitmotiv que pontua as cenas mais melancólicas, então, é capaz de levar qualquer um quase às lágrimas.

Confesso que estou a tirar desta série muito mais do que a mera nostalgia que esperava quando a decidi rever. Não direi que é uma série obrigatória, nem sequer para o fãs de anime, mas penso que mesmo um público adulto não dará por perdido o tempo investido a vê-la.


domingo, 15 de abril de 2012

Os Parentes dos Elfos


Este é o terceiro conto incluído no livro de Lord Dunsany "A Espada de Welleran e Outras Histórias". Trata-se de uma curiosa história onde o cristianismo se mistura com o paganismo (como aconteceu durante toda a história da fantasia, se bem que é nas histórias escritas na segunda metade do século XIX e início do século XX onde se vê com mais frequência e relevo) e a imaginação do autor. Está bem contada e passa muito bem a sua mensagem, se bem que, mesmo para o seu tempo, não é particularmente original. Também notei que aqui não é tão visível o estilo de escrita quase etéreo de Dunsany, nem as descrições são tão ricas e memoráveis como noutros trabalhos que li do autor. Confesso que não fascinou tanto como o primeiro conto deste livro "A Espada de Welleran", mas é interessante o suficiente para merecer uma leitura.

Que eu saiba, nenhum dos contos deste livro está disponível em português europeu, mas as versões em inglês podem ser encontradas aqui, em formato digital.

sábado, 14 de abril de 2012

Vollüspa já tem site oficial


A antologia de contos de literatura fantástica Vollüspa, onde se inclui um conto da minha autoria intitulado "O Último", foi mencionada lá fora mais uma vez (e cá dentro também). Sigam os links e vejam o que foi dito.

elbakin

scifiworld

A antologia também tem agora um site oficial, onde podem encontrar todas as vinhetas escritas para divulgar a obra (incluindo a minha, intitulada "As Perguntas que Atormentavam Pavel Karelin"), um resumo do que tem sido dito sobre a antologia lá fora e cá dentro e detalhes sobre a antologia. Podem encontrá-la aqui.

Fénix Fanzine n.º 1


Saiu o número 1 da fanzine fénix (cujo número 0 incluiu um conto da minha autoria intitulado "A Grandiosa Raça das Ratazanas"), desta vez editada por Roberto Mendes (o organizador de projectos como as fanzines Dagon e Conto Fantástico e a antologia Vollüspa). Custa apenas 2,5€ com portes já incluídos. Não hesitem em encomendá-la aqui.

sábado, 7 de abril de 2012

Ben-Hur (1959)


Estamos na Páscoa. Como alguns de vocês certamente já saberão, isso significa que a adaptação de 1959 do romance Ben-Hur irá ser transmitido num qualquer canal de televisão.

Este é um filme que, infelizmente, afastará à partida uma boa parte do público actual, quer pela sua acentuada mensagem religiosa, quer por ter sido há muito banido, pelo menos na mente dos espectadores, para aquele que eu considero ser um dos mais estúpidos guetos culturais de sempre: o dos filmes antigos.

O que é uma pena, pois trata-se de um dos mais espectaculares filmes que alguma vez saiu de Hollywood. Tem uma história sólida, cheia de nuances, personagens interessantes, desempenhos excelentes de actores históricos, cinematografia brilhante, guarda roupa espectacular, cenários à frente do seu tempo, banda sonora memorável e inúmeras cenas inesquecíveis (e não me estou aqui a referir-me apenas à famosa corrida de quadrigas). Não é coincidência que, durante décadas, tenha sido o único filme a receber onze Óscares (e, mesmo hoje, partilha essa honra apenas com "O Regresso do Rei" e "Titanic"). É um dos melhores filmes épicos de sempre, anos luz à frente de muitos "épicos" que Hollywood nos tem tentado impingir desde o sucesso da trilogia "O Senhores do Anéis" (ou até mesmo desde o sucesso de "Braveheart").

Este foi um dos primeiros filmes que me lembro de ver (dobrado em espanhol, por sinal, já que com cinco anos ainda não tinha agilidade suficiente para ler legendas) e influenciou (e continua a influenciar) não só a forma como olho para o cinema, mas também como olho para a arte de contar histórias.

Se nunca viram este filme, abandonem os vossos preconceitos e hoje, às 22:40, liguem a televisão na RTP2. Se, como eu, já o viram dezenas de vezes, não percam a oportunidade de o ver outra vez. É sempre uma experiência fantástica de que eu duvido que alguma vez me vá cansar.


Mais Vollüspa no estrangeiro


A antologia de contos de literatura fantástica Vollüspa, onde se inclui um conto da minha autoria intitulado "O Último", continua a ser mencionada lá fora. Sigam estes links e vejam o que tem sido dito.

Nova Fantasia

Dark Wolf's Fantasy Reviews

segunda-feira, 2 de abril de 2012